A.E. Maxwell,

[Li & Postei] - Desvairado Amor ^ A.E. Maxwell ^Classicos da Literatura Romantica

24.2.10 Apaixonada por Romances 0 Comments





UMA LUTA SEM TRÉGUA ENTRE PAI E FILHO PELO AMOR DE UMA MULHER.

América do Norte 1869.

Eles desafiavam a própria natureza no afã de conquistar fortuna. Assim, o noroeste da Califórnia tornou-se palco de disputas, vinganças, paixões...
 Na magnífica terra das sequóias, chega Maya Charters, tendo como único legado o conselho de sua mãe: jamais ceder à paixão e casar-se somente com um homem rico e maduro, capaz de lhe assegurar o sustento.Desafiando os obstáculos impostos a uma recém-chegada,Maya torna-se uma mulher altiva e corajosa. Mas o amor de dois homens indômitos divide seu coração. Como decidir entre o jovem e apaixonado Will Hawthorne e seu pai, Hale Hawthorne, que ao oferecer a dádiva daq segurança, não consegue apagar o desejo ardente que governa seus dias e atormenta suas noites?

— Não, por favor — pediu, quando Maya, constrangida, virou o rosto.
 — Não há necessidade de se sentir enver¬gonhada. Não pode existir nada impróprio entre nós dois. Maya voltou a fixar nele os grandes olhos verdes.
Antes de Will poder explicar que ela lhe pertencia e nada seria impróprio entre ambos, a porta do quarto abriu-se. Logo imaginou que se tratava do pai.
Hale Hawthorne, embora não atingisse a estatura de um metro e noventa do filho, era mais corpulento. Apesar dos cinqüenta e três anos de idade, os cabelos pretos ligei¬ramente grisalhos continuavam fartos. Assim como a barba, ele os mantinha bem aparados. Podia-se considerá-lo um homem atraente, porém mais pelo porte altivo, tão comum aos bem situados na vida, do que pelas feições.
— Quero trocar uma palavrinha já com você, Willy. A voz de Hale possuía o tom grave que a de Will ainda não havia adquirido, e também uma inflexão autoritária extremamente irritante ao filho. Tudo começara havia quatro anos, quando Will descobrira estar mais alto do que o pai. A mãe já havia falecido e, assim, não existia a compreensão feminina para aparar as arestas entre ambos. Faltava a mãe para apoiar a pressa natural do rapaz em se tornar homem e a esposa para aplacar a relutância do marido em aceitar o desenvolvimento do filho. Também ninguém substituíra a Sra. Hawthorne na função de ajudar os dois homens arrogantes da família a se entenderem melhor.
— Com licença — pediu Will a Maya, cujos olhos verdes avaliavam Hale.
Devagar, ela os desviou do pai para o filho, vendo em Hale o reflexo do que Will viria a ser.
Após a saída dos dois, Maya afundou mais a cabeça nos travesseiros e, distraída, pôs-se a observar o quarto. A decoração e os móveis eram bem sóbrios. Todavia, os modelos de embarcações sobre a cômoda e miniaturas de ferramentas penduradas nas paredes sugeriam que seu ocupante era um adolescente e não um homem feito.
Maya deu-se conta de estar no quarto de Will, deitada nua em sua cama. Por intuição, desconfiou que ele a tinha despido e corou até a raiz dos cabelos. Seria embaraçoso se Hale houvesse executado a tarefa; contudo, sua sensua¬lidade reprimida não teria se despertado. Não sabia como podia estar tão segura do fato, porém não tinha a menor dúvida. O toque das mãos de Will a deixava trêmula e indefesa como as mulheres a quem a mãe aprendera a desprezar. Aquelas que, por ceder à paixão pelo homem errado, não ouviam o choro patético de seus futuros bebês.
Os raios de sol filtrados pela janela desviaram a aten¬ção de Maya. Devagar, ela puxou a mão de sob as cobertas e colocou-a no centro da luminosidade estimulante. O sol de outono ainda conservava calor suficiente e infundia-lhe segurança ao espírito atribulado.
Por algum tempo, ela manteve-se imóvel, com o olhar preso na paisagem de tons vividos, especialmente os tron¬cos avermelhados dos sempre-verdes. A claridade era tão intensa que lhe provocava a sensação de poder flutuar nela. De repente, sobressaltou-se.
Ouvia a altercação de vozes ríspidas do outro lado da porta.
— Eu lhe disse para ficar fora desse quarto! Como se não bastasse você a ter despido e colocado em sua cama, ainda se atreve a ir visitá-la. A mulher encontra-se nua e indefesa. Sua atitude ultrapassa todos os limites da decência!
— Não seja exagerado, pai. Maya está coberta até as orelhas. Além de fraca, ela acordou num ambiente es¬tranho. O que eu deveria fazer quando a ouvi me chamar? Avisá-la, aos gritos através da porta fechada, que a ma¬lícia de meu pai não admite a minha entrada no quarto de uma moça a não ser acompanhado?
— Trata-se de uma mulher adulta e não de uma mo¬cinha. Você está sendo muito impertinente!!
— O senhor não pára de se referir à minha juventude. Maya tem apenas dois anos mais do que eu. Se já é mulher, eu sou um homem.
— Quando eu contava sua idade...
— Eu sei — interrompeu Will impaciente.
— O senhor sustentava parentes lá na Escócia e já começava sua família aqui. 



Na comunidade adoro romances, esse livro estava no tópico "trechos que chocam",realmente é um livro forte e eu fiquei chocada do inicio ao fim...É um romance com uma história de disputa entre pai e filho pelo amor da mesma mulher... Então quem quiser arriscar pode ler que o livro, eu achei bom, porém  já passei adiante, fiquei com “deprê” depois da leitura , é um clássico mais passei adiante numa troca no Orkut.
 .

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